CARNAVAL 2018
A AMIZADE. A MANCHA AGRADECE DO FUNDO DO NOSSO QUINTAL
INTRODUÇÃO:
Bons ventos são aqueles que trazem aos meus ouvidos essa mistura mágica dos sons do pandeiro, com o banjo, cavaco, tantã e repique.
E também um canto que ecoa em todos os cantos, acompanhado de palmas que ditam o ritmo da batida dos nossos corações e em alto e bom tom, transforma em enredo o sonho de uma comunidade.
Vai lá, vai lá … !
E fomos …
Numa viagem ao Cacique de Ramos, templo sagrado do samba, a Mancha Verde pede licença para fazer em forma de fantasias, alegorias e melodia, uma justa homenagem ao grupo FUNDO DE QUINTAL, digno representante da nossa cultura popular.
Por isso, esse samba é pra você, apaixonado por carnaval!
Seja mais um folião nessa festa, seja sambista também.
Pedro Alexandre (Magoo)
Carnavalesco do G.R.C.E.S. Mancha Verde
Logomarca oficial do Carnaval 2018
ABERTURA: A ORIGEM
Talvez a nenhum outro grupo, o termo “samba de raiz” se aplique tão bem quanto ao Fundo de Quintal, afinal sua origem está muito ligada a uma tamarineira localizada na sede do bloco Cacique de Ramos, onde o grupo costumava se reunir, juntamente com outros bambas para intermináveis rodas de pagode.
Dizem os mais antigos, que Dona Conceição, mãe de Bira e Ubirany e uma das primeiras filhas de santo de Mãe Menininha do Gantois, recebeu a tarefa de colocar alguns preceitos e patuás na árvore, para que abrissem os caminhos espirituais do bloco e de todas as pessoas que tivessem fé e talento. O grupo foi o primeiro a ser agraciado, tornando-se um dos maiores movimentos culturais não só do Rio de Janeiro, mas do Brasil. Rapidamente a fama de milagrosa da tamarineira se espalhou e hoje muitos artistas atribuem seu sucesso ao contato que tiveram com a árvore.
Foi uma época de ouro. Quem frequentou as rodas de samba do Cacique pode presenciar a primeira formação do grupo, composta por grandes músicos que inovaram a forma de fazer samba, com a introdução de novos instrumentos criados por eles mesmos, e graças a genialidade do Fundo, o tantã, o banjo com braço e afinação de cavaquinho e o repique de mão passaram a ser elementos obrigatórios nas mesas de pagode do Brasil afora.
O Fundo nasceu com variação rítmica, melódica e estilo próprio de fazer samba, um pagode onde a qualidade era a principal marca registrada.
1º SETOR: DO INÍCIO DO GRUPO AO RECONHECIMENTO
Samba de qualidade, cerveja gelada e futebol, uma mistura perfeita que atraia na noites de quarta, no Cacique de Ramos, um grande número de músicos iniciantes e consagrados, jogadores de futebol e personalidades da TV, o que ajudou bastante para que a fama do Fundo de Quintal se espalhasse por toda a cidade do Rio de Janeiro.
Quis o destino que o caminho da “cria” do Cacique se encontrasse com o da grande estrela mangueirense Beth Carvalho, que deu o pontapé inicial na carreira do grupo, convidando-o para uma participação em seu disco. Um presente que só uma madrinha poderia dar.
Não demorou muito para que o grupo lançasse o seu primeiro disco “Samba é no Fundo do Quintal”, que foi muito bem aceito pelo público e crítica.
O romantismo com estilo próprio e a forma verdadeira e bem humorada de transformar fatos cotidianos do subúrbio carioca em músicas, caíram rapidamente no gosto popular.
Nos próximos discos alguns sucessos como “Gamação Danada”, “Bebeto Loteria”, “Boca Sem Dente” e “Caciqueando”, explodiram nas rádios, a agenda de shows aumentou e o Fundo de Quintal se consolida como um dos grandes nomes do samba brasileiro.
Dos pagodes da vida ao reconhecimento, a trajetória deste grupo é o enredo do meu samba.
2º SETOR: O SAMBA É MINHA RELIGIÃO
A década de 80 consolidou o grupo como uma verdadeira máquina de fazer sucessos. Nas rádios, shows e nas rodas de pagode, as músicas do Fundo de Quintal eram a trilha sonora obrigatória aos amantes do samba.
Sem abandonar suas características, o repertório ia desde o empolgante “Castelo de Cera” ao inesquecível “E Eu Não Fui Convidado”. O pagode crescia no Brasil e o Fundo de Quintal era o seu maior representante.
Ô Irene, Ô Irene!
Quem nunca cantou alto este refrão batendo na palma da mão, não aproveitou os bons momentos que só o samba pode proporcionar ou diz isso “Só Pra Contrariar” …
O grupo encontrou a fórmula certa de cativar o público, achou o “Mapa da Mina” e o tesouro estava escondido na terra da garoa, pois foi em São Paulo onde o Fundo encontrou uma grande legião de fãs e seguidores que lotavam seus shows, esgotavam seus discos nas prateleiras e fizeram que a sua “Seleção de Pagodes” estourasse nas rádios e alcançasse os primeiros lugares nas paradas de sucesso.
Guerreiros que tem a música como arma poderosa para vencer a tristeza e que fazem do samba a sua religião. E por falar em religião …
Okê! Okê Arô!
A fé do grupo vem de Oxóssi e São Sebastião é seu santo protetor.
Legítimos descendentes do povo que expressava seus sentimentos pelo toque do tambor, exalta sua negritude da forma mais sublime e serena…
Através da batucada vinda diretamente do fundo do nosso quintal a vindo diretamente do fundo do nosso quintal.
3º SETOR: A CONSAGRAÇÃO. SOMOS VERDADE!
A década de 90 foi onde o grupo teve a sua consagração e virou unanimidade, colheu os frutos de sua dedicação e conquistou definitivamente seu espaço entre os grandes nomes da música brasileira.
Um samba verdadeiro, que nasce da alma, sem pele e sem cor, com simplicidade e não sendo vulgar, talvez seja essa a receita do sucesso do grupo que atravessa décadas e permanece moderno até os nossos dias.
O Fundo de Quintal sempre captou o que o povo gosta de ouvir, predestinados, tinham a proteção de todos os santos para brilharem num “Palco Iluminado”, onde mais do que um simples grupo musical, tornaram-se porta voz de cada pessoa admiradora do seu talento.
Afinal, se a música expressa emoções, o samba é o “Nosso Grito”.
Hoje a minha escola é “Só Felicidade”, pois fala de um grupo musical que, ao longo da sua trajetória, teve em suas mais diversas formações várias personalidades do mundo do samba.
Salve Neoci, Almir Guineto e Mário Sérgio, que mesmo partindo para um plano superior, estão imortalizados em nossas lembranças, valeu por vocês existirem, amigos!
Salve Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Sombrinha e Ronaldinho parceiros que escreveram seus nomes na história do grupo com a mesma caneta que ajudaram a compor obras que até hoje cantamos.
Salve Cléber Augusto, um dos autores da música que responde a pergunta daqueles que desejam saber qual o segredo que uniu, ao longo desses 40 anos, vários bambas do mundo do samba em torno de um sonho chamado “Fundo de Quintal”.
A Amizade !
A mesma música que tornou-se uma espécie de hino para a família Mancha Verde, pois somos verdade e não escondemos a saudade dos nossos irmãos que se foram, mas que vivem em nossas mentes e corações, porque esse sentimento é eterno como um samba bom e nem mesmo a força do tempo irá destruir.
4º SETOR: 40 ANOS DE PAGODE E O SHOW TEM QUE CONTINUAR
O significado do Fundo de Quintal para o samba é enorme e facilmente observado pela quantidade de prêmios importantes que tiveram ao longo dos anos, no Brasil, com as 18 conquistas do “Prêmio da Música Brasileira” e também no exterior, com o Grammy Latino.
Mas, o maior troféu conquistado pelo grupo foi o reconhecimento e o carinho do público nos shows que fizeram de norte a sul do pais e também pelo mundo, onde nos palcos japoneses, africanos, americanos e europeus, puderam mostrar um pouco da sua arte.
Baluartes do samba, talentos consagrados ou no início de carreira, mestres da MPB, não importa … inúmeros foram os parceiros musicais que o Fundo teve o orgulho de trocar experiências melódicas nessas quatro décadas de samba, o que mostra que mesmo com o passar dos anos continuam com a mesma disposição de quando começaram.
Olha meu amor, esquece a dor da vida, pois hoje não há espaço para a tristeza, pois hoje tem show do Fundo de Quintal no Anhembi, por isso, firme o pagode na palma da mão, deixe-se levar pela batida dos repiques, pandeiros e tantãs, sinta a energia dos grandes mestres do samba e participe dessa festa que não tem hora pra acabar.
Sorriam, pois o “Show Tem Quem Continuar”!
Para este ano a Mancha Verde aposta em fantasias de fácil leitura, luxuosas, e ao mesmo tempo leves, além de muito colorido e muitas plumas. Os protótipos foram desenhados e desenvolvidos pelo nosso carnavalesco Pedro Alexandre “Magoo”.
ALA 01 – PAGODE DOS BOLEIROS
As rodas de samba do Cacique de Ramos, viraram ponto de encontro dos jogadores de futebol da época, sempre ao som do pagode e regado a muita cerveja.
ALA 03 – SAMBA É NO FUNDO DE QUINTAL
O disco “Samba é no Fundo de Quintal” foi o primeiro gravado pelo grupo e teve muita aceitação por parte do público e critica.
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ALA 05 – GAMAÇÃO DANADA (Passistas)
Gamação Danada foi a primeira música de sucesso do Fundo de Quintal nas rádios. Como tantas outras músicas do grupo, retrata o amor, a paixão.
ALA 06 – BEBETO LOTERIA
A ala retrata outro grande sucesso do grupo que conta a história do Bebeto, morador de uma comunidade carioca que acertou os 13 pontos na Loteria Esportiva e “mandou a miséria pra casa do chapéu”.
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ALA 07 – CASTELO DE CERA
Música que fala sobre um castelo feito de cera, que derrete na fogueira.
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ALA 08 – Ô IRENE!
Quem nunca cantou esse sucesso ? “Ô Irene, vai buscar o querosene pra acender o fogareiro”. A fantasia traz o fogareiro e também as plantas e ervas citadas na música “pra espantar o mal olhado”.
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ALA 09 – SÓ PRA CONTRARIAR
“Só pra contrariar, não desfilei na Portela“. Fantasia inspirada na velha guarda da escola de samba Portela, traz nas costas um cidadão contrariado, tendo como fundo uma favela.
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ALA 10 – MAPA DA MINA
Fantasia traz um mapa, os pontos cardeais e também um baú de tesouro, ilustrando a riqueza conquistada através da descoberta da mina.
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ALA 11 – O FUNDO CONQUISTA SÃO PAULO
Nos anos 90 o Fundo de Quintal é sucesso absoluto em São Paulo. Durante anos, seus sucessos ficaram em primeiro lugar nas rádios paulistas. A fantasia traz detalhes nas costas que lembram o desenho do estado de São Paulo.
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ALA 12 – A BATUCADA DOS NOSSOS TANTÃS
“E fazem de tudo pra silenciar a batucada dos nossos tantãs”, verso de outro grande sucesso do grupo que faz uma crítica a todos que discriminam os sambistas e o ritmo.
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ALA 13 – POR TODOS OS SANTOS
Ala retrata a música “Por Todos os Santos” e traz detalhes religiosos, de crença e fé exaltados na canção.
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ALA 14 – PALCO ILUMINADO
Fantasia faz alusão a um palco de teatro, com luzes na cabeça. “Palco Iluminado” é nome de uma música e de um disco do Fundo de Quintal.
ALA 15 – NOSSO GRITO
“Êta vida de cão, a gente ri, a gente chora, a gente abre o coração“, mais uma verso famoso cantando pelo grupo na música nosso grito. A fantasia faz alusão ao cão e no costeiro um rosto sorrindo e outro chorando.
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ALA 16 – SÓ FELICIDADE
Outro grande sucesso do Fundo de Quintal, a música fala sobre um momento dificil enfrentado por uma pessoa e após a passagem do “vendaval” a felicidade volta e num determinado verso canta: “Já que você tá tão feliz dá um grito: EIII!, solta um riso, não disfarça“.
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ALA 17 – PREMIAÇÕES
Recordista de premiações, o Fundo de Quintal ganhou por diversas vezes o Prêmio da Música Brasileira e o Grammy Latino, além de diversos prêmios por músicas e discos consagrados.
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ALA 18 – TURNÊS PELO MUNDO
Em suas turnês o Fundo de Quintal sempre é sucesso absoluto. O grupo já se apresentou na Europa, Japão, Estados Unidos e também na África.
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ALA 19 – PARCERIAS INESQUECÍVEIS
Essa ala homenageia as parcerias de sucesso do Fundo de Quintal com outros cantores e compositores que ajudaram a escrever essa linda história, por isso a alusão a caneta, microfone em cima da cabeça e também ao papel escrito com as composições musicais.
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ALA 20 – 40 ANOS DE SUCESSO
Fechando o desfile a ala que celebra os 40 anos de sucesso do grupo Fundo de Quintal.
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OUÇA O SAMBA 2018
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SAMBA ENREDO 2018
Compositores: Sereno, Marcelo Casa Nossa, Darlan Alves, R Silva, R Minueto, Vitor Gabriel e Gui Cruz
Nesse terreiro de bamba
Quero mais é sambar…
Sou Mancha Verde… o show vai continuar…
Sua história, é o meu carnaval
Obrigado do fundo do nosso quintal
Debaixo da tamarineira
Um lindo sonho se torna real
Pandeiro, cavaco, tantã e repique
No puro balanço, um banjo imortal
Na benção da nossa madrinha
Vou caciqueando na avenida
Nesse castelo de cera
Bebeto é o rei, está numa boa
Se arruma “Irene” que o mapa da alegria
Hoje é na terra da garoa
Oxóssi caçador, o dono da mata
É força, axé… São Sebastião!
Okê! Okê arô! Ao dono da mata
Meu samba é fé… é religião!
E na batucada dos nossos tantãs
Sublime poesia invade as manhãs
Nesse palco iluminado
Nosso grito, uma canção de amor
Um canto de felicidade que ao mundo encantou
A amizade… eternizou um laço de união
Somos verdade
Quero chorar o seu choro
E ver lá no céu seu sorriso
Valeu por você existir AMIGO